quarta-feira, maio 31, 2006
As vacas
Em casa há net!
quarta-feira, maio 24, 2006
Valsassina
domingo, maio 21, 2006
Este blog está fedorento!
NOTA:
Qualquer semelhança total ou parcial deste blog com o Gato Fedorento é mera coincidência.
TRANSCRIÇÃO DO DIÁLOGO:
Eu: E pronto... Ela disse-me que a coisa não ia funcionar... Que não éramos compatíveis...
Miguel: Então... Mas porquê???
Eu: Oh... sei lá... disse-me que eu não tinha personalidade jurídica!
Miguel: (Gargalhadas) ... não...
segunda-feira, maio 15, 2006
Aconteceu a 24 de Junho...
Ahetalismo e religiões afins
Estes "Ah, e tais..." até que não são chatos (desde que usados com conta, peso e medida...) mas, conjuntamente com outras expressões bastante peculiares desta nossa língua-mãe que é o Neerlandês, deixam-nos a pensar. A mim, pelo menos... São expressões como "Eh pá..." e "Eish...!" (desculpa, Mariana... ;P) que me atormentam o pensamento e me surgem na forma de pesadelos. Porquê? Porquê??? PORQUÊÊÊÊÊ?????
- "Ah, e tal..." - a moda pegou devido ao Gato Fedorento
- "Eh pá..." - já cá andava antes de os gatos estarem na barriga das gatas-mães... "Eh" é uma simples interjeição, e nunca o verbo Ser conjugado no presente do indicativo. O "pá" é que me deixa umas dúvidas. Afinal, pá não é aquela coisa com que se cava a terra? Porquê meter uma pá no meio de um vocativo como "Eh pá..."? A coisa fica mesmo negra quando alguém se dirige ao respectivo cônjugue utilizando "Eh pá...": afinal, se entre marido e mulher não se mete a colher, vai-se meter uma pá que é uma colher em ponto grande?
- "É como diz o outro..." - MAS QUAL OUTRO???? A minha avó é uma das pessoas que passam o tempo a dizer isto, mas nunca especifica quem é, afinal, o outro! Eu já lhe perguntei, mas a minha avó respondeu que não sabia, que devia ser um homem qualquer... Um homem qualquer somos todos nós, elementos do sexo masculino. Mas atenção: utiliza-se aqui o artigo indefinido "um" quando se referem a uma pessoa em específico ("o outro"). Mas há MUITAS coisas às quais se responde "É como diz o outro...", logo presume-se que "o outro" seja um homem que diga todas essas coisas. Como, realmente, essas coisas são mesmo muitas, esse homem deve falar muito e não fazer mais nada para além disso. Desconfio que "o outro" seja o Primeiro Ministro...
- "Já lá dizia a minha avó..." - porque é que tanta gente diz isto, se a avó deles nunca disse nada daquilo? Mentirosos, pá...!
- "Cá estamos..." - lá isso é verdade! Se perguntarem "então, como estás?" e a outra pessoa responder "cá estamos", é uma parvoíce, porque isso já a outra pessoa sabia. Agora, uma grande aldrabice seria a pessoa responder "cá vamos indo..." ou "vai-se andando...", excepto se estiver a andar. Mas não estaria, porque ninguém cumprimenta outra pessoa enquanto estão ambos a andar. A não ser que tenham muita pressa...
- "A dar c'um pau!" - exemplo: "Tens aí muitos iogurtes?", "Ui! Tenho aqui iogurtes a dar c'um pau!". Trata-se de um número de circo, de certeza, porque em mais lado nenhum podem existir iogurtes a dar com um pau! E estão a dar com um pau em quem? Só se for noutro iogurte, porque se fosse em mim eu não admitia... Vindo de um iogurtezito com um nome estúpido como "Danone", 6 cm de altura e gordo que nem um pote? Era mesmo eu...
- "A milhas" - "Ena! Papava-te toda!", "Põe-te a milhas, porco!". A não ser que o engatatão do exemplo seja marinheiro ou perceba alguma coisita de geografia, como é que ele vai saber o que é que são milhas? ALÔÔÔÔÔ... Portugal... Sistema métrico... Diz alguma coisa? Porque é que não simplificam as coisas e, em vez de dizerem "Põe-te a milhas", não dizem "Põe-te a k*1,684 metros, com k -> +oo"?
- "Fosga-se" - Isto é suposto ser o quê? Uma asneira não asneirenta? Tsc tsc... Não vão muito longe com isso... Acham que levam um par de estalos se disserem "Foda-se" em frente aos pais, por isso inventou-se o "Fosga-se"...? Então experimentem usar um "Fosga-se" em frente aos pais e vão ver como também ficam com 5 dedos marcados na tromba. Se o disserem alto, os pais tomam isto como uma asneira e apanham logo. Se o disserem baixinho, os pais percebem "Foda-se" e apanham logo também.
- "Eish...!" - (especialmente dedicado à Mariana) uma expressão de admiração. Não percebo bem porquê, mas pronto... Deve ter a mesma origem que o "Eh", o "Ah", o "Ena" e o "Ups"...
quarta-feira, maio 10, 2006
"Os D'zrt no Rock in Rio 2006" ou "Porque tenho a mania que sei cantar"
Sei que o tema já está muito batido, mas não me importo de parecer pouco original desde que possa mandar mais umas pauladas nos D'zrt.
Eu respeito as opções dos outros e raramente sou "mauzinho" mas, quando as letras D, Z, R e T me surgem à frente juntas e formando uma só palavra, o João-Boa-Pessoa transforma-se num ser algures entre Jack, the Ripper e Freddy Krueger... O que se passa é que acabo de tomar consciência da tragédia que está prestes a acontecer: os D'zrt vão abrir o Rock in Rio 2006! Como é possível que se tenha descido tão baixo?!?!?! Confesso que isso não foi o que mais me assustou - o que me deixou realmente sobressaltado foi ver o Toy e a Mónica Sintra e a outra loira que não sei o nome a cantar e, de repente, aparecer uma mulher a dizer "Parabéns! Vão todos!"... Isso é que me assustou mesmo, porque depois de saber que os D'zrt iam, acreditava que ainda tivessem cojones para levar também aqueles três bimbos... Felizmente era só publicidade - mas isso não os desculpa de levarem os "Sobremesa-mal-escrita" (leia-se "D'zrt"). Além disso, que raio de nome é este? Segundo o site oficial (com o qual já vou gozar mais tarde), são as iniciais dos 4 elementos do espectáculo de palhaços... digo, da "banda"... Mas, a bem dizer, quando vejo D'zrt escrito só me lembro de um gajo com os queixos partidos e a cara engessada a dizer a alguém "Vim aqui dizer-te..."! Digam lá de vossa justiça: alguém se lembra de sobremesas?
Mas falando agora do site oficial destas aves raras ( NOTA: pensem à vontade nas piadas que incluem "H5N1"... =P ), o texto que aparece no fim da página é o seguinte:
"Escreve-se D'zrt mas lê-se "Dessert" (sobremesa em Inglês). São as iniciais do nome de cada um dos cantores/actores da banda dos Morangos com Açúcar. Este projecto - que tem tudo para se tornar num dos maiores fenómenos da pop nacional - é uma das surpresas discográficas do ano de 2005 e prometem arrasar e contagiar a sua alegria pelos palcos nacionais. Aguardem-nos!"
Fora a desactualização do texto (que, vá lá, esta até passa...), há muita mas muita porcaria junta num parágrafo tão pequeno como este. Começando logo pelo início, quando dizem "lê-se Dessert". Lê-se "dessert", o tanas! Escreve-se "dessert" mas lê-se . Seguindo em frente, passa-se para a segunda frase: "cantores/actores"? Isso é suposto significar o quê? Que nós podemos escolher aquilo que queremos ler, do estilo "riscar o que não interessa"? Ou que eles são cantores e também actores? Mas porquê isto, se não são nenhum dos dois?? A seguir vem algo que, infelizmente, é verdade: um dos maiores fenómenos da pop nacional! =s Infelizmente, a sua popularidade deve-se ao facto de todas as raparigas de 13 anos andarem a suspirar pelo não-sei-quantos e de as suas músicas atingirem uma percentagem relativamente elevada da pitalhada histérica (peço desculpa pelo termo empregue, mas é o melhor que encontro). Um pouco como o Toy e a Ágata e o Emanuel e o Tony Carreira e coisas semelhantes, com a sua música pimba, que evoluiu para um termo mais técnico - música popular - que, por sua vez, tem um diminutivo bastante moderno: Pop! Talvez toda esta bodeguice sonora nunca tivesse sido sequer criada se um tal de Sr. Idanow não tivesse, em 1948, formulado uma doutrina musical a propósito da música progressista que consiste em "exprimir pela música sentimentos e ideais das massas populares e não símbolos do passado ou abstracções de espírito." Quer-me parecer que este é o gajo responsável pela música pimba... E é exactamente isso que os D'zrt fazem: música pimba. Ora reparem: aquela música do "para mim tanto faz" anda, invariavelmente, à volta de qualquer coisa do tipo I-V-I-IV-I-V-I... Não são já provas suficientes?
Por fim resta-me deixar aqui a frase com que concluiria uma tese de doutoramento em psicologia subordinada ao tema "a influência de música de qualidade inferior no discernimento e na saúde mental dos adolescentes". Ora cá vai: os D'zrt são uma caca!
Dia da Europa, Dia do Estudante...
sábado, maio 06, 2006
Audição de alunos
Foi visível a emoção nos olhos de alguns dos que, ainda no palco, faziam uma vénia com os olhos avermelhados. Dignos de referência são ainda todos os arrepios que senti na espinha e todos os pêlos do meu corpo que se eriçaram com alguns vibratos ou algumas passagens mais virtuosas, e tenho até de admitir que tive bastante vontade de soltar as lágrimas nalguns momentos.
Espero que, no próximo ano, tudo se repita com ainda mais qualidade, se é que isso é possível. =)
sexta-feira, maio 05, 2006
loles...
Your Ideal Relationship is Serious Dating |
You're not ready to go walking down the aisle. But you may be ready in a couple of years. You prefer to date one on one, with a commitment. And while chemistry is important, so is compatibility. |
P.S. - E agora, só mesmo para picar uma certa pessoa... "Sabes o que é que dizia, sabes, sabes, sabes???" =PPPP
quarta-feira, maio 03, 2006
Espirro
Ora bem, o espirro é um gajo teimoso e difícil de aturar: tanto sai quando não queremos como, quando queremos, não sai. É mesmo muito chato quando isso acontece porque, além do incómodo natural que isso cria deixando aquela ânsia de espirro por concretizar, há alturas em que ele está QUAAAAAAAAAAAAAAAASE a sair, e nós começamos fazer as caretas que fazem parte do ritual do espirro e deitamos já apressadamente as mãos à cara quando... PUFF! Foi-se o espirro, ficamos nós com os olhos a lacrimejar devido ao espirro que fugiu, embora pudesse ser também pelas figuras tristes que fizemos e que deixaram todos os que estavam à volta a olhar para nós.
P.S. - Porque é que, quando espirramos, começamos com um "aaahhhh" que se prolonga com um crescendo e um glissando para um "aaahhhh" mais agudo, terminando em qualquer coisa menos "txim"? E, se assim é, porque é que o espirro está sempre associado ao "atchim"?
A drogaria
Hoje em dia já não se vai às drogarias... Se se quer lixívia, vai-se ao Continente. Se queremos desentupir um cano ou comprar ferragens, vamos ao AKI. Se queremos rolhas para garrafas... Bem, hoje em dia já ninguém quer rolhas de cortiça, e quem quer compra-as directamente a uma fábrica! As drogarias, embora não tenham uma grande utilidade na sociedade moderna e tecnológica de hoje em dia, são... vá lá, engraçadas! Mas eu também sou suspeito, que acho piada a quase tudo o que é "antigo". Por vezes sinto que gostava que o mundo tivesse a comodidade de hoje em dia aliada à "tradição" do antigamente: era engraçado irmos à mercearia e comprarmos manteiga ao peso embrulhada em papel vegetal e papel pardo, acho piada a comprar café numa loja de chás e cafés e vir também em pacotinhos de papel pardo (e isso ainda acontece aqui em Benfica =D ), teria a sua piada a conta vir feita em cima de uma folha de papel rasgada e com uns números meio tortos escritos com um lápis toscamente afiado. Mas hoje em dia é diferente: queremos manteiga vamos ao supermercado, queremos café vamos ao supermercado, queremos qualquer coisa e basta ir ao supermercado porque o supermercado é isso mesmo: um SUPER mercado - uma loja em que há de tudo!
Nos tempos que correm somos atendidos por uma miúda de 22 anos a mascar pastilha elástica e com argolas nas orelhas que mais parecem batentes de porta, que parece ter sido programada para ter uma personalidade antipática e não dizer nada para além de "14 euros e 87 cêntimos, por favor", ao invés de um senhor com ar simpático e de bata que nos rabisca uns números mal desenhados e diz "Ora... São 14 euros e 87 cêntimos, por favor... Então! Ontem o nosso Benfica lá ganhou, hein?". Nos tempos que correm os supermercados de todo o país são iguais ao mais ínfimo pormenor, tudo desenhado por um decorador de interiores ou um designer em vez de rolhas e funis e catrapázios de latão pendurados do tecto, tudo amontoado e na parede um calendário com mulheres nuas. Nos tempos que correm a relação mais próxima que temos com quem nos atende do outro lado do balcão reduz-se a uma folha de papel pequenina que diz o o nome e o NIB da empresa, o capital social e a lista das coisas que comprámos.
Por vezes sinto falta deste tempo em que não vivi.
Ah! E não expliquei porque é que fui à drogaria: precisava de comprar um maço de lenços. Fui a um quiosque e disseram-me "De momento não temos, mas aí na drogaria têm", "Qual drogaria?". Passei por ela e nem a vi.
P.S. - O que aconteceu dentro da drogaria: Um senhor de óculos, cabelo branco e bata azul perguntou-me com um sorriso: "Faça favor..."