sexta-feira, março 30, 2007
As missas em latim e a irrealidade da perfeição
segunda-feira, março 26, 2007
Quem manda? Salazar, Salazar, Salazar!
Neste momento não me passa outra ideia pela cabeça senão a de que todas as pessoas que votaram em Salazar para "o maior português de sempre" deviam ter uma cadeira como a dele.sexta-feira, março 23, 2007
9º grau de Piano
sábado, março 17, 2007
Três músicas
... E serve também para deixar as letras das músicas =)
Problema de expressão - Clã
Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.
Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.
E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.
Eu não sei dizer - Silence 4
O silêncio deixa-me ileso, e que importância tem?
Se assim tu vês em mim alguém melhor que alguém.
Sei que minto pois o que sinto nao é diferente de ti.
Não cedo. Este segredo é frágil e é meu.
Eu não sei tanto sobre tanta coisa
que às vezes tenho medo
de dizer aquelas coisas que fazem chorar.
Quem te disse coisas tristes não era igual a mim.
Sim, eu sei que choro, mas eu posso querer diferente para ti.
Eu não sei tanto sobre tanta coisa
que às vezes tenho medo
de dizer aquelas coisas que fazem chorar.
E não me perguntes nada.
Eu não sei dizer.
I need you - America
We used to laugh, we used to cry
We used to bow our heads then, wonder why
And now you're gone, I guess I'll carry on
And make the best of what you've left to me
Left to me, left to me
I need you like the flower needs the rain
You know I need you, guess I'll start it all again
You know I need you like the winter needs the spring
You know I need you, I need you
And every day, I'd laugh the hours away
Just knowing you were thinking of me
And then it came that I was put to blame
For every story told about me
About me, about me
I need you like the flower needs the rain
You know I need you, guess I'll start it all again
You know I need you, I need you
I need you like the winter needs the spring
You know I need you, guess I'll start it all again
You know I need you, I need you
I need you like the flower needs the rain
You know I need you, guess I'll start it all again
You know I need you, I need you
I need you like the winter needs the spring
You know I need you, guess I'll start it all again
You know I need you, I need you ...
quinta-feira, março 15, 2007
Tom and Jerry - The Cat Concerto (1946)
sábado, março 10, 2007
"I'm a Barbie girl"
Porém, nem tudo é cor-de-rosa, como a própria Mattel poderá querer fazer crer (jogo fonético engraçado)...Uma coisa é certa: a Barbie tem tudo e reinventa-se a si própria constantemente, consoante as modas e a concorrência (Sindy, Bratz e afins). Em última análise, a Barbie representa o sonho americano e, mais do que isso, o sonho humano: a Barbie é saudável, bonita (para quem assim o entenda), é inteligente (sim, porque ela é veterinária, médica, professora, etc.), é dona de uma fortuna fabulosa, é popular, tem amigos (verdadeiros, claro, se não deixaria de ter piada) e tem um namorado com a capacidade monumental de fazer a barba. A Barbie é eternamente jovem (talvez seja ela a verdadeira alquimista), mito que a humanidade persegue desde antes de existir História.
A Barbie foi ao encontro de um conjunto de ideais que crianças e adultos, uns mais secretamente que outros, desejam. Mas até que ponto será justo ou útil ou pedagógico introduzir na formação criativa das crianças um modelo (porque o é) de perfeição, de capacidades físicas e intelectuais que, em simultâneo, são pura e simplesmente falaciosas, e pior, inexistentes? Será possível avaliar a intensidade com que o modelo permanecerá no subconsciente das crianças, ideal que se projectará no seu futuro e muito para além da Barbie em si mesma? Num mundo cada vez mais competitivo em que as qualidades e apetências exigidas são cada vez mais rígidas, mundo esse que nos acorda diariamente para o facto de não sermos Barbies, de não sermos invejáveis modelos de perfeição ou fontes de juventude e felicidade eternas...Talvez seja por nem todos os dias encontrarem no melhor de si um lastro de perfeição, que muitos de nós fazem peregrinações à farmácia mais próxima e deixam a frustração e Prozac reinar...Não quero ser alarmista, mas a aflição da ausência de perfeição já fez correr muita lágrima. E não estou a atribuir a culpa exclusivamente à Mattel ou à Barbie...atrevo-me é a interrogar a dimensão que a sua presença na formação da criatividade infantil adquire na adultez das crianças que com elas brincaram.
A Barbie está sempre a sorrir, mesmo nos piores momentos (é uma senhora e jamais perde a compostura)...Rugas? Nem vê-las! Mesmo a Barbie veterinária só cuida de cães e gatos....ainda não se viu nenhuma Barbie fazer um parto a uma vaca...enfim, ossos do ofício da perfeição de uma vida inexistente. I'm a Barbie girl.
Serenata...
Amigos visitantes deste blog, tenho a informar (e pressinto que alguém irá corar bastante com isto...) que a Tatiana faz hoje 20 anos!quarta-feira, março 07, 2007
Perfumes
Há perfumes e perfumes... Há perfumes bons, há perfumes que nem por isso. Exemplos de perfumes bons são o Rive Gauche, o Hipnôse, um da Lacoste de que não me lembro agora o nome... Um exemplo de perfume mau é o da minha vizinha do 4º andar, que todos os dias toma banho no dito e inunda o elevador com aquele pivete que se entranha no tapete (mais ainda do que o cheiro do cão do 3º dto...) e com o qual tenho de levar todos os dias de manhã quando saio de casa. É um perfume mesmo mau.sábado, março 03, 2007
Preciosidade perdida
Hoje é um dia feliz. Encontrei algo que há muito julgava perdido. Um manuscrito do Fernando Lopes-Graça.Há muito, muito tempo, quando as pessoas em Portugal não tinham liberdade para dizer o que pensavam, houve alguns que resistiram contra o regime fascista então instalado e que ousaram dizer o que pensavam. Uma dessas pessoas foi Fernando Lopes-Graça, músico, um dos maiores compositores que Portugal já viu nascer. Foi preso pela PIDE por manifestar opiniões contra aquelas defendidas pelo regime, usando a música para reflectir os seus ideais de liberdade e de oposição ao Estado Novo. Outra dessas pessoas foi António Nunes, na altura taxista, o meu avô paterno. Foi preso porque, um dia, dois cavalos da GNR se atravessaram na estrada e ele gritou "Oh seus filhos da puta, tirem as bestas do caminho!". E foi preso. Durante o tempo em que esteve na prisão, o meu avô conheceu o Fernando Lopes-Graça, que lhe escreveu um "Livro de Escalas e Tons de Viola". Esse livro, escrito pelo próprio punho do compositor, passou para o meu pai e, agora, para mim.
Cutting the crap, indo directo ao assunto que possivelmente vos interessará mais, fica aqui a digitalização do livro que me parece, no entanto, não ter sido acabado. Não se fica na prisão para sempre, não é...? Hmmm...







quinta-feira, março 01, 2007
La trahison des images, René Magritte





