Este Blog foi um programa de rádio The Steadfast Tin Soldier: junho 2009

domingo, junho 28, 2009

 

Branco no preto - momento WTF?!

Morreu o rei da música pop, Michael Jackson, aos 50 anos de idade. Nascido preto (sem qualquer conotação racista, note-se...) em Gary, Indiana, em 1958, Michael Joseph Jackson morreu branco na passada 5ª feira, vítima sabe-se lá de quê. "A doutrina divide-se": enquanto os noticiários (que fizeram da morte do "Rei da Pop" um espectáculo mais concorrido que os próprios concertos do antigo menino cantor dos Jackson Five) afirmam que se tratou de uma paragem cardíaca sem adiantarem mais explicações, línguas mais afiadas falam de uma overdose de analgésicos. Línguas AINDA mais afiadas dizem que terá sido o médico do cantor a administrar-lhe as injecções e, quando viu que lhe tinha dado um chilique, deu à sola para voltar mais tarde e, com a mesma cara que Paulo Portas fez quando anunciaram que seria Ministro da Defesa e dos Assuntos do Mar, dizer "Ai morreu??".
No entanto é de considerar ainda uma última hipótese apontada por alguns especialistas, académicos de renome que ostentam longas barbas brancas e vendem jornais, limpam esgotos e conduzem taxis em Nova Iorque, em que se afirma que Michael Jackson foi subitamente atacado por um feixe de energia incalculável pelos meios tecnológicos de que actualmente dispomos, raio esse que teve origem numa pequena esfera metálica de 5 cm de diâmetro que orbita em torno de Júpiter e que alberga as almas de uma quantidade de falecidos jovens antigos frequentadores da casa do cantor com quem desenvolveram relações de uma amizade intensa e de uma intimidade invulgar e a quem Michael Jackson fez a vida... Negra! E possivelmente não só a vida...
Multiplicam-se agora as homenagens ao cantor, incluindo um manancial de nicknames no MSN onde se pode ler "MJ PARA SEMPRE NO MEU CORAÇÃO!", ou "Michael, you will never moonwalk alone!", ou ainda a parelha de pitinhas brigantinas que se propôs bater o recorde mundial de "quem consegue escrever mais vezes numa folha de papel «I love you, Michael Jackson»".
Apesar da notícia da morte nada esperada de Michael Jackson sabe-se, no entanto, que este não morreu de imediato, tendo sido encontrado em coma e com um bilhete a seu lado que dizia "Levem-me para a ala pediátrica". O falecido cantor, que era um rapaz preto e bonito e morreu uma mulher branca e feia, encontra-se agora, seguramente, bem mais feliz, junto do Menino Jesus.
Já foram pedidas análises toxicológicas e uma segunda autópsia pela família Jackson para confirmar as reais circunstâncias da morte, mas pelas descrições dos funcionários da morgue (a quem também já foram pedidas análises toxicológicas...) o cadáver de Michael Jackson teve um espasmo e balbuciou "Filhos da p*ta dos pretos, nem morto deixam um branco em paz..."
Dentro de 6 semanas serão conhecidos os resultados das análises, após as quais a estrela internacional irá finalmente a enterrar. Dada a quantidade de plásticas a que Jackson se submeteu durante a vida, o funeral será no ecoponto amarelo.
Para finalizar este post fica mais um momento WTF?! do The Steadfast Tin Soldier:

sexta-feira, junho 26, 2009

 

Pacotinho Nicola


(recebido por mail da minha caríssima amiga M.)

quinta-feira, junho 18, 2009

 

A cada não que dizes

No LP "Luz", de 2007, Pedro Abrunhosa incluiu uma canção intitulada "A cada não que dizes". Dedicou-a "a Rami al-Dura, de 12 anos, morto em 2000 pelas balas do ódio na Faixa de Gaza". O que me despertou a atenção foi a letra, extremamente bem construída, com inteligentes jogos de palavras e aliterações. No final do post está o video do YouTube, ouçam e leiam a letra ao mesmo tempo. Vale a pena...

Lento,
Eu vi morrer o tempo,
Morto por fora e por dentro,
Como um pai enganado,
Um filho roubado,
Uma mão de soldado, um pecado,
Um cálice, um príncipe,
E num salto de lince,
Um fim que está perto,
Um quarto deserto,
Dois tiros no escuro, um peito feito no muro
E o rosto já frio, o som da morte no cio,
O passo a compasso
Das botas cardadas,
Espadas à espera,
O gume,
O lume da fera.
E ninguém percebeu que o mundo inteiro sou eu.

Longe,
Um mar que se rasga e me foge,
Uma dor que, por mais que se aloje, não vale o aço da bala
Coração que me embala, que estala, que empala no medo,
Um dédalo, um dedo,
Um gatilho já preso,
Um rastilho aceso, um fogo às cores pelo céu,
Desenhos loucos no breu,
Pintura pura a canhão,
Talvez vinte homens não cheguem,
Talvez aqueles me levem,
Talvez os outros se lembrem,
Que são homens como os que fogem
E nenhum Deus é maior,
Num ódio feito de dor,
E ninguém reparou que o mundo inteiro parou.

A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.


Fracos,
Como farrapos na cama,
Orgulho feito de lama, e o verbo ser a partir.
Palavras presas na alma, ruas de vento e vivalma,
Um límpido tiro, um suspenso suspiro,
Pietá nas notícias,
Gravatas impunes negando as sevícias
Vozes de ferro, de fogo, de fome, de fuga, de facas,
E as rugas pobres, já fracas,
Um poço morto de sede,
Grafftis numa parede,
E ninguém percebeu, que o mundo inteiro sou eu.

Outros,
Loucos, perdidos, sentidos certeiros,
Crianças feitas guerreiros,
A quem foi roubado o perdão,
Dois braços cheios de pão,
Napalm, na palma da mão,
Um fósforo fátuo,
Nos jornais o retrato
De um estilhaço, um abraço,
Um pedaço de espaço
De uma pátria sem chão.
Uma pétala pródiga, um remorso confesso,
Talvez a dor no regresso,
Talvez um dia o inverso,
Mas isso já eu não peço,
O mundo inteiro a fugir,
O mundo inteiro a pedir.
Que se oiça alto o teu Não.

A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.
A cada não que dizes,
Abre-se um lugar no céu.

Outros,
Fracos,
Longe,
Lento,
Não.



domingo, junho 14, 2009

 

Matrix Runs on Windows XP


 

Minesweeper - The Movie


 

CONDOMned




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