The Steadfast Tin Soldier

Procuro palavras de pesar e não as encontro... devem estar perdidas algures, talvez perto da minha sensibilidade que anda a monte, sem grandes expectivas de regresso. O soldadinho é (presente do indicativo, pois, ainda é visivel nos teus olhos, nos teus lábios quando sorris e nas contracções do teu rosto quando, por raras vezes, ainda soltas uma livre gargalhada) a parte de ti que, por convicção, nunca quis deixar a infância... o soldadinho ainda se evidencia, mesmo quando tu finges que não dás por ele... eu vejo-o sempre que estou contigo, beijo-lhe a face e perdi a conta às noites em que o vi adormecer... Sinto o peso e a culpa das circunstâncias; sinto a corrente que me prende as mãos e o grito louco e infantil que ecoaria pela cidade: "soldadinhos são todos aqueles que se levantam a si (e aos outros) do chão; e esses jamais abandonam o Mundo"... Obrigada, Soldadinho. 
 

Um dos primeirissimos blogs que encontrei e que me encantaram! Voltem quando quiserem! E não eliminem o blog, isso não... :)
 

Já vi este soldadinho correr, cheio de vontade, apontar a sua arma carregada de ironia, ou municiada de críticas contundentes, e disparar certeiro. Já o vi lançar granadas de bom humor. Vi-o saltar as trincheiras da inconformidade, bater o pé ao inimigo da vida e nunca se dar por vencido. Vi-o lutar com todas as suas forças, muitas das vezes apenas contra moinhos de vento mas, defendendo sempre o seu pensamento e criatividade.
Não, um soldadinho, mesmo de chumbo, não se rende. Este soldadinho está a deixar-se vencer por si próprio, desistindo apenas. Não morreu. Está a portar-se como um fraco, rendendo-se. Mas não é essa a fibra que lhe conheço. E, todos nós, na guerra da vida, temos batalhas que nos arrasam, que nos desgastam, que nos levam aos limites. Perder uma batalha não é perder a guerra. Perder uma batalha é motivo para parar um pouco, reflectir, tomar alento e, aprendidos os erros do passado, erguer-se com forças redobradas e seguir em frente.
Soldadinho, não pares.
Neste blogue eu ri, eu chorei, eu fiquei pensativo muitas vezes. Eu recordei, eu vivi.
Compreendo que por vezes é preciso abrandar um pouco a marcha mas, parar, nunca. E, acredito que mais tarde ou mais cedo, este soldadinho vai reerguer-se, e, mesmo que já não marche com o vigor de outrora, marchará com mais experiência e com outra vivência.
Eu continuarei a passar por cá, sempre na esperança de o ver batalhar novamente.
 

impossivel nao dizer que se perde O blog. Talvez porque neste tempo todo, apesar das milhares de controvérsias, sempre foste o ponto de visita. Obrigatório, claro. Foste ponto de aprendizagem, amizade, acima de tudo, de experiencias. A tua imaginação fazia com que cada post fosse lido com um leve e risonho sentimento de :"hum.. o que virá aqui?". Conseguiste, deixaste a tua marca, e ela ficará sempre aqui. Porque de qualquer das maneiras, voltaremos cá todos os dias, como sempre o faziamos, em busca do post, do tal post que pega no chumbo e reconstroi o soldado. O chumbo é o mesmo.. sem duvida :)
 

Viva (Pedro).
Deixei-te um post no outro Blog (Presto...) sobre O Menino Triste de José Gomes Ferreira. Só depois vi que o tinhas encerrado.
De qualquer das formas, será que dava para saber se era possível "ouvir" a música Menino Triste?
É que ando à procura dela há séculos, e agora "apanhei" a notícia que tinhas e o link do blog. Só que ele já não está operacional.
Será que dava para ma Enviares? è que tenho um blog sobre o meu personagem de BD (O Menino Triste) e gostava muito de a ter.
Abraço
João