Nos últimos tempos tenho pensado nas várias coisas boas da vida... Pequenas coisas, simples mas que, no entanto, me deixam com um sorriso por dentro. Eu digo-vos algumas delas:
- Um bom cachimbo, um bom charuto, uma boa cigarrilha.
- Ou um simples cigarro de mentol.
- Entender pela primeira vez um conceito jurídico ou filosófico.
- Descobrir coisas óbvias sobre assuntos com que contactamos há anos.
- Ouvir frases como "You have so much further to go..." ou "I wouldn't have thought of that in a million years!" ou "O João é que percebe bué disto... Ó João, explica lá..."
- Receber uma palmada nas costas no final da aula de piano.
- Assistir a um concerto e sentir um arrepio na espinha.
- Mimos.
- Um duche de água quase fria depois de duas horas a fazer amor.
- Substituir os hífens por asteriscos nas palavras.
- Escrever com uma caneta de aparo.
- Dizer coisas parvas com palavras eruditas, como por exemplo "Caso não estivesse a redigir este texto com recurso a um léxico assaz erudito e quase anacrónico, estaria repousando no meu leito pois estou assoberbado de afazeres académicos e o meu encéfalo encontra-se sobrecarregado" em vez de "Devia era estar a dormir porque ainda sinto os efeitos da ressaca da bebedeira que apanhei no jantar do gregoriano na 6ª à noite".
- Afiar o lápis para dentro de um cinzeiro ou para o chão, se estiver na rua.
- Escrever com lápis!
- Fazer corridas nas escadas do metro.
- Fazer jogos mentais aparentemente estúpidos como "Se descer estas escadas antes de acabar de contar até três, o Metro chega já a seguir!", e perder quase sempre.
- Escrever palavras como escangalhado, patchoilo, traquina, estralhaçar, besnico, esmifrado ou escorripicha-galhetas.
- Dizer coisas sem sentido e deixar toda a gente a pensar que sou maluco. - Correr atrás do Metro.
- Um chocolate.
- Um piano.
- Uma sonata de Beethoven.
- Um chocolate, um piano e uma sonata de Beethoven...
Estou neste preciso momento à porta do IGL e uma senhora acaba de fazer um telefonema para saber de um andar que está à venda no prédio em frente ao instituto. E diz a tal senhora ao telefone: "Estou aqui na 5 de Outubro... Em frente ao... Ao... Ao Instituto Georgiano" ... !